A obra “Episódio 2: Rainha Samaúma“, resgata a força ancestral da floresta, envolvendo o espectador em um universo onírico e pulsante. O olhar do jovem guerreiro atravessa o quadro, enquanto a figura feminina emerge da terra, monumental e serena, como uma entidade que observa e guarda os segredos do verde imenso.
A composição é um chamado ao silêncio e à escuta – um frame congelado que reverbera sons e histórias que escapam da tela. Os tons esverdeados, quase etéreos, evocam a umidade da mata e a densidade do tempo, criando uma atmosfera onde passado e presente se entrelaçam.
Na base da tela, a linha do tempo em vermelho segue o fluxo da série, um compasso imóvel que, no entanto, pulsa como um batimento cardíaco. Em “Rainha Samaúma”, o play nos conecta à eternidade dos ciclos naturais, à memória que resiste como uma árvore que guarda o mundo em suas raízes.