Marcor

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Seja bem-vindo ao meu site

Aqui você terá a oportunidade de conhecer minha trajetória artística, ver meus trabalhos e até mesmo adquirir algumas obras. Para mim o seu olhar cria essa conexão essencial que complementa e transforma meu trabalho numa expressão artística.


Visite o site e entre em contato comigo, pois terei o maior prazer de responder aos seus comentários e dúvidas que porventura possam surgir. Muito obrigado pelo seu Olhar!

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Em Destaque!!

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Dá o Play!

A série “Dá o Play!” é um convite ao trânsito entre tempos, memórias e instantes capturados em pausas “pulsantes”. Clipes,
séries, filmes e fotos tem suas imagens reconstruídas numa composição retangular, horizontal e panorâmica que evoca as
telas digitais. Na linha do tempo, o passado, futuro e o presente são pausados. Partindo de fatos, imagens e gestos reais, são
criadas narrativas pictóricas que ampliam o olhar sobre temas como memória pessoal e coletiva, resistência, ancestralidade
e identidade social. Um olhar que pausa o tempo reverberando emoções e reflexões.


A série resgata frames (fotogramas) de narrativas audiovisuais, ressignificando-os por meio da pintura, num gesto que
amplia e expande suas histórias. E ao unir o gesto pictórico à força documental da imagem, o resultado é uma poética visual
que transita entre o real e o imaginário, entre a crônica e o sonho. A linha do tempo, posicionada na base, atua como um
marcador que, embora estático, sugere movimento e transitoriedade. O botão “play” presente na composição, é um
comando que nos coloca no controle, um instante congelado que pede ação, um frame entre o antes e o depois.
Esta série nos propõe um diálogo entre o cotidiano e o simbólico, entre o corpo e o território, entre o pessoal e o político. É um
resgate que registra a memória e um convite ao presente, onde cada obra é um frame de um filme que segue em loop na
linha do tempo da nossa percepção.

“Episódio 1: O Rio do Tempo”
Sinopse
Aqui, “Dá o play” nos leva a um fluxo onde o presente se mistura às águas da memória. A criança yanomami emerge com heranças ancestrais, enquanto a figura mais velha sopra histórias que atravessam tempo e espaço. A paleta azulada cria uma atmosfera de melancólica calmaria, como um sonho que escapa entre os dedos. Os traços ondulados ao redor das figuras são anéis de um rio, que perpetuamente carregam lembranças sagradas.
A linha do tempo na base avança lentamente, sugerindo a cada instante um afluente que se funde ao vasto rio do existir. “O Rio do Tempo” nos convida a mergulhar nas águas da memória, onde as lembranças fluem e se renovam.

Série: “Dá o Play”

Título: “Episódio 1: O Rio do Tempo

Ano: 2024

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

“Episódio 2: Rainha Samaúma”
Sinopse
Neste “episódio” a série resgata a força ancestral da floresta, envolvendo o espectador em um universo onírico. O olhar do jovem guerreiro atravessa o quadro em constante vigília, enquanto a figura feminina surge da terra como uma guardiã dos segredos do imenso verde. A composição convoca o silêncio e a escuta, fazendo ecoar histórias que escapam da tela, enquanto os tons esverdeados entrelaçam o passado e o presente numa pausa atenta.
A linha do tempo em vermelho pulsa na base como um batimento cardíaco. Em “Rainha Samaúma”, o play nos conecta aos guardiões da memória dos ciclos naturais, que resiste como uma árvore que guarda o equilíbrio do mundo em suas raízes.

Série: “Dá o Play”

Título: “Episódio 2: Rainha Samaúma

Ano: 2024

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

“Episódio 3: Love me Jeje”
Sinopse
“Jeje”, palavra de origem nigeriana, expressa um amor suave e sem pressa, captado em instantes de festa onde alegria e sedução se revelam nos gestos e expressões.
Inspirada em videoclipes da Nigéria, a obra utiliza cores saturadas que nos imergem na estética do afrobeat. Luzes e sombras se justapõem e ampliam a narrativa musical, destacando a interação das personagens com o som pulsante.
A linha do tempo no rodapé registra um fragmento de movimento, sugerindo o ritmo e os sonhos de uma balada Jeje que pulsa suave e lentamente.

Série: “Dá o Play”

Título: “Episódio 3: Love me Jeje!

Ano: 2024

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

“Episódio 4: A pele do Caju”
Sinopse
Neste instante suspenso, o tempo parece vibrar entre a languidez e o poder… O olhar adornado por joias raras que cintilam como guardiãs de segredos, convida o espectador para acompanhá- lo nessa viagem… Até onde conseguiremos enxergar as camadas dessa narrativa?
A composição flutua entre o devaneio e o ímpeto, como um frame arrancado de um sonho, onde a pele é território e a pose afirmação. O tecido leve que dança ao vento sugere memórias transitórias que nunca se completam.
Na base, a linha do tempo permanece imóvel, porém pulsante como um coração inquieto, reafirmando a essência da série de capturar o efêmero e dar o play no que nunca se repete.

Série: “Dá o Play”

Título: “Episódio 4:  A pele do Caju

Ano: 2024

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

“Episódio 5: O 5º Passageiro|”
Sinopse
Na série Dá o Play! cada obra é um frame de um enredo onde o espectador é convidado a completar. Quatro passageiros dividem um mesmo instante, imóveis e voltados para algo ou alguém, que não vemos ou que talvez nunca vejamos. O azul os envolve e o silêncio esconde mais do que revela… E o momento é uma interrogação congelada: quem é o quinto passageiro? Está dentro ou fora do ônibus? Dentro ou fora da obra?
No silêncio azul da viagem noturna, cada olhar carrega uma história não contada. Aqui, o tempo para, mas a história continua na mente de quem dá o play!

Série: “Dá o Play”

Título: “Episódio 5:  O Quinto 

Passageiro

Ano: 2025

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

“Episódio 6: “Sem mulheres não há clima”
Sinopse
Neste trabalho, a série “Dá o Play!” transforma acontecimentos reais em narrativas visuais, conectando arte, memória e resistência. Aqui elas marcham com os rostos pintados de terra e urgência. São as vozes que o vento não cala. Vozes das mulheres indígenas guardiãs da terra, da água e dos saberes ancestrais. Sob o sol de Brasília erguem o corpo e a palavra lembrando ao país que clima não é pauta distante: é ventre, é corpo, casa e vida! O título reafirma a centralidade dessas vozes na luta ambiental e social contemporânea: “Sem mulheres, não há floresta. Sem floresta, não há futuro”
Na base, até mesmo a linha do tempo se distorce diante da gravidade dos fatos. Dá o play e ouça o pulsar da terra no compasso de quem nunca deixou de lutar em defesa da vida, da terra e do nosso futuro.

Série: “Dá o Play!”

Título: “Episódio 6: Sem mulheres não

há clima”

Ano: 2025

Técnica: Pintura Acrílica sobre tela

Dimensões: 50 x 70 cm

Título:A ordem & o progresso…
Ano: 2022
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões: 119 x 158 cm
(Obra incorporada ao acervo da Associação Paulista de Belas Artes)


Medalha de Ouro Expo Brasil Amazônia II- Casa Odisséia- São Paulo SP (2023)


Medalha de Ouro Expo Brasil Amazônia- Casa Odisséia- São Paulo SP (2022)

Exposição até dia 24 de novembro
Local: Odisseia Casa de Cultura
Al.Minitro Rocha Azevedo 463 Cerqueira César
São Paulo.
Próximo a Av. Paulista
Entrada Franca

A Expo Olhar Contemporâneo celebra a diversidade da arte contemporânea ao reunir esculturas, pinturas, desenhos, arte têxtil e outros. Inspirada pela efervescência urbana da cidade, a exposição explora as complexidades do nosso tempo, criando diálogos entre passado e futuro, local e global, individual e coletivo, em uma experiência provocadora.

Curadoria Muriah Brasil e Valkiria Iacocca

Há anos trabalho com reutilização e
reciclagem de resíduos nos processos
de criação dos meus trabalhos, pois
sempre procurei expressar minhas
preocupações com o meio ambiente
e acausa, mais do que justa, dos
povos indígenas originários,
protetores naturais das florestas
amazônicas e da diversidade dos
seus ecossistemas tão essenciais
para nós e nosso planeta.

Em 2022 quando mergulhei no processo criativo para desenvolver a pintura do quadro
“A ordem & o progresso…” para a primeira edição do projeto da Expo Brasil Amazônia, nada foi por
acaso. Foi um trabalho, tanto na pesquisa como na estética, elaborado com muita intenção e
consistência.

Minha primeira motivação veio de uma profunda necessidade de expressar minha indignação
diante ao ataque sistemático que a Amazônia e as populações indígenas vem sofrendo com as
queimadas e os garimpos ilegais, incentivados pela inconsciência das instituições
governamentais e empresariais de sua importância para o Brasil e o nosso planeta.
Para contar esse lado cruel da nossa história, busquei uma linguagem narrativa, inspirado nas
xilogravuras dos cordéis de J. Borges, simulando com pincéis uma imagem impressa. Um registro
visual.

As referências mais marcantes foram as imagens do filme “A Última Floresta“(2021) do diretor Luiz
Bolognesi, roteirizado pelo xamã Davi Kopenawa Yanomani e a dor revelada pela imagem da
“Pieta” na”Guernica” de Picasso.
Foi um trabalho intenso e, com certeza inesquecível, onde mergulhei de corpo alma num rio de
tintas, pincéis e emoções.

Figuras Maduras e Marcantes

Em muitos quadros, por exemplo, procurei referências contemporâneas que me inspirassem nos arquétipos dos filhos e filhas dos Orixás. No candomblé, cada divindade possui lendas que justificam seu destino e principalmente o arquétipo de comportamento a ela associado. Em outros quadros, procurei referências de figuras maduras e marcantes, famosas ou não, nas potentes variações que desempenham ou desempenharam nas suas vidas. Dentro deste contexto, são personagens icônicas de filmes e séries, figuras históricas, folclóricas, atrizes e atores, cantoras e cantores que, apesar do etarismo e do racismo estrutural da nossa sociedade, rompem a bolha do ostracismo resgatando a memória, a beleza e o respeito ao apoderarem das suas bagagens e trajetórias, atuando na cena contemporânea recebendo reconhecimento e muitos aplausos!

Título: “Filha de Yemanjá” – Lia de Itamaracá
Ano: 2024
Série: Retratos, Recortes e Memórias…
Técnica: Pintura Acrílica sobre tela.
Dimensões: 23 x 43 cm (com moldura)

 

Título: “Bex” – Zezé Motta
Ano: 2024
Série: Retratos, Recortes e Memórias…
Técnica: Pintura Acrílica sobre tela.
Dimensões: 23 x 43 cm (com moldura)

 

Título: “Filha de Nanã”
Ano: 2024
Série: Retratos, Recortes e Memórias…
Técnica: Pintura Acrílica sobre tela.
Dimensões: 23 x 43 cm (com moldura)

 

Título: “Filha de Logunedé”, 2024  (Acervo pessoal)

Logunedé é um Orixá “metá-metá”(metade homem-metade mulher), que transita entre as variações femininas de sua mãe Oxum Ipondá e as masculinas do seu pai Oxóssi. Seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as águas dos rios comendo peixes. Um dos seus símbolos, que mostra bem toda essa dualidade, é o cavalo marinho, metade cavalo (masculino) metade sereia (feminino). Na África é visto como um vaidoso guerreiro e caçador que traz, como seus símbolos, o arco-e-flecha e o espelho.

Seus filhos e filhas atraem a atenção pela elegância e altivez. São pessoas imprevisíveis. Às vezes falantes e sociais, como Oxum, às vezes solitárias e individualistas como Oxóssi. Empáticas, se destacam na psicologia humana e no cenário artístico do teatro, cinema, música e literatura. Vibram nas frequências dos tons entre as cores turquesa e amarelo. Seu axé atrai atenção, abundância e potencializa a criatividade.

Título: “Filha de Logunedé”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões 20 X 40 cm

(Acervo Pessoal 📌)

Título: “Filha de Obá”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões 20 X 40 cm

Título: “Filha de Ossain”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões 20 X 40 cm

Título: “Filha de Omolu”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões 20 X 40 cm

Pequenos quadros grandes…

Quando resolvi trabalhar com suportes pequenos (placas e telas), meu projeto era fazer quadros originais, mais acessíveis e versáteis para compor dentro de espaços personalizados, oferecendo a todas e todos o prazer de ter e investir num objeto de arte exclusivo. A primeira ideia de pintar pequenas silhuetas respeitando a escala dos pequenos suportes não me ganhou… não conectava com meus trabalhos maiores e me desagradava a visão de uma pintura numa escala tão pequena.

Título: “Lia Ciranda”
Ano: 2023
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões 15 X 57 cm

Título: “Arlette”
Ano: 2023
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões: 15 X 57 cm

Título: “Filha de Yemanjá”
Ano: 2024
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões: 20 X 40 cm

Título: “Filha de Nanã”
Ano: 2024
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões: 20 X 40 cm

Dialogando com meus trabalhos maiores da série “retratos, recortes e memórias…”
resolvi pintar super closes de retratos com recortes e ângulos inusitados, aproximando a imagem o máximo possível até o ponto que permitisse a identificação das personas. O resultado do primeiro retrato me surpreendeu muito! Realmente sugere o “recorte” de uma grande pintura enquadrado num pequeno quadro! No entanto, a obra acontece. A pintura resgata do recorte o seu inteiro! Transforma e ressignifica a imagem somando qualidades intrínsecas da sua linguagem pictórica, como também, a possibilidade de novas narrativas e variações.

Título: “Filha de Oxum”
Ano: 2023
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões: 15 X 40 cm

(Obra já adquirida 📌)

Título: “Filho de Oxóssi”
Ano: 2023
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões: 15 X 40 cm

Título: “Filha de Yansã”
Ano: 2023
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões: 15 X 40 cm

Título: “Filha de Ogum”
Ano: 2023
Série Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre compensado.
Dimensões: 15 X 40 cm

(Obra já adquirida 📌)

Título: “Filha de Exu”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões 20 X 40 cm

Título: “Filha de Oxalá”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões 20 X 40 cm

Título: “Filha de Oxumaré”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões 20 X 40 cm

Título: “Filha de Ewá”
Ano: 2024
Série: Retratos, recortes e memórias…
Técnica: Pintura acrílica sobre tela.
Dimensões 20 X 40 cm

Boas notícias!!
O destaque deste mês é a obra “A Dama de Ouros”.
Mês passado inscrevi este trabalho no edital para o
19º Salão da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba SP,
e ela foi selecionada!

De 400 artistas inscritos foram selecionados 50 obras para
exporem na FundArt Ubatuba entre 6/12/2023 a 28/01/2024.
A inspiração desse trabalho foi o quadro de uma dama retratada por um pintor anônimo do século 19.
Me encantou a altivez, elegância e a expressão enigmática da Dama que denota reflexão e dignidade.

O retrato pertence ao acervo do Museu Paulista da USP e não há informações sobre essa mulher.
O título da obra, “Baiana”, provavelmente, se deve à origem das suas jóias e colares da tipologia baiana.
Seu dorso majestoso e seus trajes de noite azul anil e luvas brancas sugerem
que era uma mulher preta de status e livre.
Nessa minha releitura, este retrato ilustra a carta do Tarot, “A Dama de Ouros”, que representa uma sacerdotisa e
a essência da alma feminina. Sua imagem significa uma mulher que detém poder financeiro, provavelmente
mais velha e que mantém tudo sob seu controle, garantindo abundância, riqueza, segurança, proteção e, principalmente, o amor de todos à sua volta.

Título: A Dama de Ouros

Ano: 2022

Técnica: Pintura Acrílica sobre painel de madeira

Dimensões: 53 x 80 cm

O Dragão e a Barca chinesa na costa da invasão portuguesa

O vendedor ambulante de brinquedos é um personagem que mangueia todos dias nas nossas praias vendendo bóias, pranchas, bolas, baldinhos e “macarrões” pra garotada aproveitar o mar morno e sereno do sul da Bahia.
Simpático e incansável caminha suavemente pegando as ondas que quebram na areia.
E sua figura fica invisível nas sombras dos brinquedos coloridos.
É fascinante ver essa mistura de cores, formas e texturas flutuando entre as águas e areias formando esses seres mutantes que, numa provocação história, apelidei de “O Dragão e a Barca chinesa na costa da invasão portuguesa”
Ao pintar procurei dar às cores o protagonismo do quadro. Deixei que elas, com suas texturas e tons, modelassem as formas dos brinquedos e a paisagem.

Título: O Dragão e a Barca chinesa na costa da invasão portuguesa
Ano: 2023
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões: 75 X 95 cm

(Quadro disponível para aquisição) 

"Seu Olhar era palavra e gesto..."

Mais um trabalho da série “Retratos, Recortes e Memórias”.

Desta vez minha inspiração veio de um recorte fotográfico da maravilhosa atriz Ruth de Souza no auge da sua carreira.

Ruth de Souza foi pioneira no teatro, cinema e televisão, foi também a primeira artista negra a conquistar projeção na dramaturgia brasileira.
Considerada a primeira grande referência para artistas negras e negros na televisão, por seus papéis notáveis onde contrariava as construções estereotipadas de personagens negras com talento e firmeza.


Integrante do Teatro Experimental do Negro (TEN) do diretor Abdias do Nascimento, faz sua estreia em “O imperador Jone”, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945, no palco do Municipal.
Em 1954, foi a primeira atriz brasileira indicada para um prêmio internacional: o Leão de Ouro, no Festival de Veneza pelo trabalho e sua brilhante presença no filme “Sinhá Moça”

Interpretei sua beleza e o seu Olhar numa conversa de verdes esmeraldas com um azul turquesa intenso.

"POSE"

pose: substantivo feminino
posição do corpo; atitude, postura.

A imagem iluminada da atriz Marilyn Monroe, num vestido brilhante envolvendo seu corpo como uma pele translúcida; sozinha no palco diante de uma plateia na escuridão, sussurrando um irônico parabéns pro seu presidente, é icônica!
Resume toda sua trajetória controversa de Diva Pop… Linda, brilhante, poderosa e terrivelmente sozinha.

Sentimentos semelhantes tive ao conhecer as histórias das protagonistas da série Pose: lindas, brilhantes mas constantemente sozinhas.

São TODAS mulheres trans que encararam personagens que se assemelham muito com sua própria realidade fora das telas.

Envolvente, marcante, notável e informativa. A trama é predominantemente pautada na cena underground LGBTQIAPN+.
Nas suas comunidades que formavam verdadeiras famílias, onde as “Mães” acolhiam, educavam e preparavam seus filhos e filhas para as competições que consistiam em apresentações em discotecas, muitas vezes feitas por drag queens, de diferentes tipos e objetivos.

Pose aborda temas sociopolíticos importantíssimos, como o boom do vírus HIV, a pressão social de se adequar a uma estética considerada feminina e a marginalização de transexuais, que experienciavam transfobia dentro da própria comunidade gay. A série também aborda a sexualidade e as cirurgias de reafirmação de gêneros, trazendo sentimentos e informações que ampliam nossa consciência.

Indya Moore, atriz trans, que interpretou a mais linda competidora dos bailes da série “Pose”, reviveu como Angel as emoções da sua vida pessoal. Como sua personagem, ela é uma das modelos trans mais famosas do grande mundo fashion, estampando com seu brilho único nas capas das revistas Vogue e Elle.

trans-formar:
verbo trans-itivo direto e pro-nominal
fazer tomar ou tomar nova feição ou caráter; alterar(-se), modificar(-se).
bi-trans-itivo e pro-nominal
fazer passar ou passar de um estado ou condição a outro; converter(-se), transfigurar(-se).

“Todo es puro teatro…”

Quanto a “Grande Atriz”, tive várias inspirações: algumas fotos da nossa divina Diva Fernanda Montenegro, uma foto preto e branca do último ensaio fotográfico de Marilyn e no personagem central da trama da peça “A Visita da Velha Senhora”, inspirada no livro do escritor suíço Friedrich Dürrenmatt que expõe a fragilidade de nossos valores morais e de nossa noção de justiça quando a palavra é dinheiro. Na trama, essa senhora, milionária, volta pra sua antiga cidade pondo em xeque a sociedade, que na sua juventude, a difamou e expulsou.
Mas, como na pintura, tudo é puro teatro, confesso que estava mesmo louco pra pintar uma tela carregada de pinceladas com fortes e dramáticos tons vermelhos.

Amo Teatros. Mais do que as peças encenadas, amo o espaço teatral… Visitar um teatro vazio me traz a mesma paz e reverências de quando entro nos templos espirituais. Também vazios. O humano atrapalha, profana e distrai.
Mas o Teatro é mais sagrado. Vejo claramente que nada ali está por acaso. As dimensões dos espaços, as cadeiras que recebem as platéias;
o palco com seus ângulos definidos, as coxias, as cortinas. Adoro as cortinas… a iluminação preparada pra criar dimensões, planos e amplificar os efeitos sonoros.
Antes de desenvolver a personagem dessa tela, a atriz, pintei 4 planos teatrais. Um fundo e um recorte escuros para a coxia e a platéia. Um plano claro e iluminado horizontal e outro vertical para o palco e cenário.

Foi com muita surpresa e alegria que recebi, pela segunda vez, a medalha de ouro pelo quadro “A ordem & o progresso…” na segunda edição do projeto da Expo Brasil Amazônia II – “a última floresta”. Foi antes de tudo o reconhecimento da potência de um trabalho consistente feito com muito comprometimento e respeito à causa dos povos originários.
Foi uma honra participar desses eventos e quero agradecer a @muriahbrasil_arte, @valkiriaiacocca, a @casaodisseia, aos jurados, a toda equipe de organizadores e ao público que nos prestigiou.
Obrigado a você pelo seu Olhar 💚🙏🏽

 

Ano passado quando mergulhei no processo criativo para desenvolver a pintura do quadro
“A ordem & o progresso…” para a primeira edição do projeto da Expo Brasil Amazônia, nada foi por acaso. Foi um trabalho, tanto na pesquisa como na estética, elaborado com muita intenção e consistência.
Minha primeira motivação veio de uma profunda necessidade de expressar minha indignação diante ao ataque sistemático que a Amazônia e as populações indígenas vem sofrendo com as queimadas e os garimpos ilegais, incentivados pela inconsciência das instituições governamentais e empresariais de sua importância para o Brasil e o nosso planeta.
Para contar esse lado cruel da nossa história, busquei uma linguagem narrativa, inspirado nas xilogravuras dos cordéis de J. Borges, simulando com pincéis uma imagem impressa. Um registro visual.
As referências mais marcantes foram as imagens do filme “A Última Floresta“(2021) do diretor Luiz Bolognesi, roteirizado pelo xamã Davi Kopenawa Yanomani e a dor revelada pela imagem da “Pieta” na”Guernica” de Picasso.
Foi um trabalho intenso e, com certeza inesquecível, onde mergulhei de corpo alma num rio de tintas, pincéis e emoções.

Título: A ordem e o progresso
Ano: 2022
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões: 119 x 158 cm

Expo Brasil Amazônia II
A Última Floresta

De 15 de setembro a 15 de outubro na Casa Odisseia em São Paulo
será apresentada a Expo Brasil Amazônia II
e você é meu convidado!💚

Neste evento vou participar, presencialmente, com a obra
“A ordem e o progresso”
Medalha de Ouro da
primeira edição do projeto.
E na Galeria Online Amazônia com a obra
“Guardião dos Rios”

O projeto foi criado com o objetivo de manter a pauta da importância da preservação de nossas florestas através das expressões e dos“eco-olhares” de artistas visuais de várias regiões do Brasil.
O tema da exposição me tocou profundamente porque há anos trabalho com reutilização e reciclagem de resíduos nos processos de criação dos meus trabalhos, pois sempre procurei expressar minhas preocupações com o meio ambiente e a causa, mais do que justa, dos povos indígenas originários, protetores naturais das florestas amazônicas e da diversidade dos seus ecossistemas tão essenciais para nós e nosso planeta.

Nesse projeto vejo uma oportunidade de expressar minha indignação diante ao ataque sistemático que a Amazônia e as populações indígenas vêm sofrendo com as queimadas e os garimpos ilegais.
Em “A ordem e progresso”,de 2022, me inspirei na linguagem narrativa das maravilhosas xilogravuras dos cordéis de J. Borges, criadas para ilustrar suas histórias do sertão nordestino. Outras referências marcantes foram as imagens do filme “A Última Floresta“(2021) do diretor Luiz Bolognesi, roteirizado pelo xamã Davi Kopenawa Yanomami, e a imagem da “Pieta” na tela “Guernica” de Picasso.
Foi um trabalho intenso e, com certeza inesquecível, onde mergulhei de corpo e alma num rio de tintas, pincéis e sentimentos.

No “Guardião dos Rios”, de 2023, meu olhar encontrou com as fotos preto e brancas, lindas e intimistas, da vida mágica e simples do povo Yanomami. Um trabalho fotográfico maravilhoso da fotógrafa Claudia Andujar no livro “YANOMAMI” de 1998. Nesse trabalho fiz uma releitura pictórica da última foto do livro numa conversa íntima entre o traço rápido e gráfico do rio com as pinceladas curtas e soltas do seu “Guardião”. E uma paleta reduzida em tons de azuis, esmeraldas e brancos para trazer o oxigênio e a água que generosamente nos dão as florestas Amazônicas quando protegidas pelos povos originários. Foi um trabalho leve e reflexivo inspirado na expressão serena e atenta do velho homem da floresta.

Título: A ordem e o progresso
Ano: 2022
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões: 119 x 158 cm

Título: Guardião dos rios
Ano: 2023
Técnica: Pintura acrílica sobre tela
Dimensões: 50 x 70 cm

Venha visitar a Expo Brasil Amazônia II, “A última Floresta” na Odisseia Casa de Cultura, um espaço nobre localizado na Al. Ministro Rocha Azevedo, 463, Cerqueira César, próximo à famosa Avenida Paulista.
Vernissage dia 15 de setembro às 19h.

Curadoria:

Muriah Brasil 
Valkiria Iacocca 

O Boto rosa

O Boto Rosa protagoniza uma lenda muito popular no Brasil, especialmente na região Amazônica. Ele é descrito como um animal mágico muito inteligente e astuto que durante as noites de lua cheia tem o poder de se transformar em um belo homem de cabelos negros e olhos verdes.
Nessas noites ele costuma sair das águas todo elegante de terno e chapéu brancos para seduzir e conquistar o coração das mulheres da região. A lenda também afirma que quando uma mulher engravida durante essas noites, foi o Boto que a seduziu e a engravidou. 
Além desta lenda pitoresca, o Boto cor de rosa nasce cinza e com o tempo vai ganhando um tom rosáceo. É realmente um animal muito inteligente e social, o que o torna uma presa fácil num contexto sem medidas para sua preservação. 

Inspirado nessa história popular, busquei referências nas ilustrações dos  cartazes das antigas produções cinematográficas brasileiras dos anos 40 e 50 de cores saturadas e contrastes marcantes de luz e sombra.
Para o rio noturno sobrepus várias camadas de transparências de negro-esmeralda e azuis acinzentados. Neste cenário, uma enérgica coreografia entrelaça vários tons de rosas, magenta e azuis para capturar a imagem do Boto.
Iluminando o personagem sedutor e seu figurino elegante, trouxe o brilho lunar num branco verde-azulado reluzente sombreado por um magenta de suave transparência.

Série Fantasias Burlescas

 Essa série me deu a oportunidade de viajar pelo universo das Pin-ups brasileiras,  trabalhei com pintura e colagens nos rostos, joias e acessórios.

Buscando referências, descobri artistas Burlescas incríveis! Mulheres talentosas, lindas e empoderadas…

Eu queria rostos de mulheres marrons e pretas, no entanto, na minha grande coleção de revistas de moda brasileira para reciclagem, a maioria das modelos são brancas, beges e rosas claro!!!

Acabei criando uma maquiagem para minhas Pin-ups onde, com resina e pigmentos, consegui chegar aos tons de pele desejados

Elegantemente sentada em sua poltrona verde limão siciliano com os seus seios desnudos, a Corpet Negro-anil sempre causa incomodo no Instagram… Quem chegou até aqui por lá, já provavelmente me viu questionando o motivo de uma obra de arte, com traços caricatos, sempre ser censurada pela plataforma, sendo taxada como “Conteúdo explicito”.

Corpet Negro-anil é um dos meus trabalhos que sofrem com a censura da hiper sexualização do seio feminino pela plataforma e também faz parte da série Fantasias Burlescas, sendo o único ainda disponível para aquisição.

Corpet Negro-anil

2020

Série Fantasias Burlescas

Pintura acrílica e colagem sobre tela

54 x 111 cm

E, muito obrigado pelo seu Olhar…

Carrinho de compras